Quando a Rússia invadiu a
Lituânia, em junho de 1940, uma das
providências para subjugar e eliminar a resistência dos lituanos foi proibir as suas canções folclóricas, que remetiam às raízes desse povo. Essas canções
falavam do pão, o alimento mais importante para aquela população.
A colheita era um trabalho
feminino e era realizado em dupla. Enquanto uma colhia a outra cantava e elas
iam se revezando nessas funções até o fim da jornada. Era também assim que elas colhiam
frutos e cogumelos.
Quando a Rússia fez a invasão,
proibiu toda e qualquer manifestação cultural lituana, tudo que remetesse à
origem desse povo, como forma de enfraquece-lo, inclusive o seu canto.
Conforme Maria Cândida, Veronika Povilioniene, que nasceu em
1946, quando o canto do seu povo estava proibido pelo invasor, chegou à
Universidade e iniciou com seus colegas a Revolução do Canto. Escondiam-se para
cantar as canções de seu povo. “Foi justamente por meio do canto, em 1991, que cinquenta nos de domínio russo cessou na Lituânia. Em vez de combater
com armas, o povo se reunia para cantar, inclusive cercando tanques de guerra
soviéticos (2011, p. 107).
Não deixe o inimigo destruir os teus sonhos ou
calar a tua canção!
Precisamos fazer nossas revoluções do canto cotidianamente, cantar nossa Canção do Pão, do Pão Vivo que desceu do céu, do alimento da alma. Precisamos fazer soar o som que anime nossas companheiras de caminhada e propósito, as mulheres da nossa geração, a assumir seu papel como mãe de nação. O Brasil precisa disso se queremos que as próximas gerações herdem um país em possam viver com dignidade.
Precisamos cantar a Canção do Pão que leve a salvação, a transformação àquelas por quem passamos e convivemos no dia a dia, que promova conforto e ânimo aos seus corações.
Cante a Canção do Pão!!!
Bibliografia
CANDIDA, Maria. Mulheres que brilham. São Paulo: Panda Books, 2011.